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Download: Disco Capoeira de Besouro

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“Capoeira de Besouro” é uma obra prima do Paulo César Pinheiro. São 15 faixas, compostas originalmente para o musical “Besouro Cordão de Ouro” e que pra nossa felicidade acabaram reunidas nesse maravilhoso cd, lançado em 2010.
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Paulo César Pinheiro é poeta dos melhores e seu dom com as palavras dispensa maiores apresentações. Vale ressaltar a participação do Mestre Camisa, um dos maiores capoeiristas do Brasil, que toca berimbau no disco e ainda dá uma bela contribuição descrevendo cada toque no encarte do disco. Deixo aqui de aperitivo a faixa 4,  “Toque de São Bento Grande de Angola”, enquanto vocês dão uma lida no texto de divulgação escrito pela Luciana Rabello:

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“Besouro, nascido em Santo Amaro da Purificação, deixou seu nome gravado nas rodas de capoeira por esse Brasil inteiro. Metido em política, impunha respeito e temor aos poderosos daquele princípio de século XX na velha Bahia. Sua vida virou lenda. Além de capoeirista, também tocava violão e compunha sambas-de-roda e chulas. 

 

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Existe um samba, chamado Canto do Besouro, cujos versos de sua autoria “Quando eu morrer/não quero choro nem vela/ quero uma fita amarela/ gravada com o nome dela” fazem parte do samba conhecido de Noel Rosa, no qual nosso poeta escreveu a segunda parte. Outro refrão deste Canto do Besouro também foi usado por Paulo César Pinheiro em Lapinha (com Baden Powell) – sua primeira música gravada e sucesso na voz de Elis Regina – com a qual venceu um dos mais concorridos festivais de música popular, a Bienal do Samba, da TV Record, em 68, hoje um clássico da MPB.

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Desta canção, Paulinho usou o refrão “Quando eu morrer me enterrem na Lapinha, calça-culote, paletó-almofadinha” para o Samba de Roda, ao qual acrescentou oito novos versos. Entraram também no musical mais dez canções, feitas para cada toque do berimbau: Jogo de Dentro, Jogo de Fora, São Bento Grande, Angola Dobrada, Amazonas, Benguela, Barravento, Iúna, Santa Maria e São Bento Pequeno. 
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Este CD trás, além do samba de roda e destes 10 toques, mais quatro inéditos, também feitos origalmente para o musical, mas que ficaram de fora da montagem: de Tico-Tico, Idalina, Angola e de Cavalaria. 
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Capoeira de Besouro é uma linda homenagem ao Mestre dos mestres da capoeira, Besouro Mangangá, à capoeira, à Bahia, ao Brasil. Nada mais natural e bonito que seja abraçado e apresentado ao mundo através do olhar e das bênçãos de Maria Bethânia – esta legítima e fiel filha de Santo Amaro da Purificação, terra onde também nasceu o homenageado, diz o povo que em 1895 ou 1897, batizado Manoel Henrique Pereira. 
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Paulinho Pinheiro faz aqui um resgate emotivo da sua própria história que, misteriosamente, teve inicio com Besouro, quando o poeta e Baden Powell venceram a Bienal do Samba com “Lapinha” – samba imortalizado na voz de Elis Regina, composto sobre refrão de Mestre Besouro Preto. Sim, são do capoeirista os versos “Quando eu morrer me enterrem na Lapinha/Calça-culote, paletó-almofadinha.” Assim, sem ter idéia da carreira que iniciava e da grandeza do que iria construir na nossa música, Paulinho adentrava os portais da música e da poesia, aos 16 anos, conduzido pelas mãos de Mangangá.
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Em 2006, foi montado o musical “Besouro Cordão de Ouro”, também escrito pelo poeta, com direção de João das Neves e direção musical minha. Essas são as músicas dessa peça. Recebemos o Prêmio Shell de Teatro por esse trabalho, na categoria Melhor Música e Direção Musical! E o Besouro continua seu voo. 
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Discípulo direto do Mestre, aluno do também lendário Mestre Bimba e hoje forte referência da capoeira em todo mundo, Mestre Camisa não só participa das gravações tocando o berimbau gunga, como generosamente conduz nossos passos por essas veredas cheias de fundamentos, mistérios e verdades da capoeira. São dele os textos descritivos dos toques, imprescindíveis para o mergulho do ouvinte e leitor nessa arte. 
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Mas esse trabalho não pretende ser um tratado sobre a capoeira. Carece ser recebido com a suavidade e a liberdade que o olhar da poesia de Paulinho vislumbra. Então, deixe a emoção comandar e venha bater palma com a gente nessa roda de capoeira!”
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