Bambas do Estácio: Ismael Silva 78 rpm
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Ismael Silva. Foto: Walter Firmo |
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Nascido em Niterói em 14/09/1905, Ismael Silva é um dos nomes mais conhecidos daquela turma que fez miséria no bairro do Estácio de Sá entre o final dos anos 20 e início dos anos 30. Ao lado de bambas como Bide, Marçal, Mano Edgar e Mano Rubens fundou a primeira Escola de Samba e foi um senhor compositor. Compunha com o parceiro Nilton Bastos e logo o cantor Francisco Alves se interessou em gravar seus sambas, mas com a condição de seu nome entrar nas parcerias. Bom pro Chico Viola e bom pra Turma do Estácio, que ganhou espaço nas rádios. Daí foi sucesso atrás de sucesso: “Me faz carinhos”, “Amor de Malandro”, “Se você jurar”, “Nem é bom falar”…
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Com a morte do parceiro Nilton Bastos e de Mano Edgar e Deixa Falar se desfaz (aliás, nunca chegou a desfilar como Escola de Samba) e Ismael se mudou pro centro do Rio. Manteve a parceria com Francisco Alves e começou a compor com Noel Rosa. Seus sambas já ganhavam o gosto popular e eram gravados por uma legião de cantores, como Patrício Teixeira, Mário Reis, Ciro Monteiro… Em 1935 rompeu definitivamente seu acordo com Francisco Alves.
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Também em 1935, deu dois tiros em um outro malandro que desrespeitou sua irmã… Acabou preso em flagrante e cumpriu 3 anos de cadeia. E mesmo assim, seus sambas continuavam sendo gravados e fazendo sucesso. Enquanto estava preso, Mário Reis gravou “Você merece muito mais” e Aurora Miranda gravou “Não apoiado”.
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Ismael passou a década de 1940 afastado da musica e em 1950 voltou com um grande sucesso, o samba “Antonico”, inspirado em uma carta de Pixinguinha que pedia a um amigo influente um emprego para um sambista em dificuldade. Participou de diversos espetáculos como “O samba nasce no coração” (1955) ao lado de João da Baiana, Pixinguinha, Ataulfo Alves, Donga e J. Cascata; o clássico “O Samba Pede Passagem” (1965) ao lado de Aracy de Almeida e do show “Se você jurar” (1975), apresentado ao lado de Carmem Costa.
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J. Cascata, Donga, Ataulfo Alves, Pixinguinha, João da Baiana e Alfredinho – “O Samba Nasce no Coração” |
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Ismael morreu em 1978 e deixou uma obra de mais de uma centena de sambas e marchas. Reuni em uma coletânea alguns desses sambas, 44 ao todo:
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É uma privilégio poder viajar pela história da música popular, ouvindo essas preciosidades. Obrigado por tão belo serviço a história da abençoada música popular brasileira.
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felicidade é encontrar seu blog! muito grata pela sua generosidade de compartilhar estas coisas tão preciosas!
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