Nélson Cavaquinho 100 anos...
, Nélson Cavaquinho
(Nélson Cavaquinho e Guilherme de Brito)
Mais uma vez
Venho a vocês
Pra confessar que nunca fui feliz
Sempre sorrindo
Eu vou fingindo
Pois afinal não sei o mal que fiz
Sou qual ave que não sabe chorar
Todos gostam de ouvir meu cantar
Com meu violão sempre colado
Ao meu peito tão amargurado
A minha vida é um livro aberto
Que conta histórias de um deserto
Minha alegria que não tem fim
É a miragem que existe em mim
Pomba da Paz
(Nélson Cavaquinho e Guilherme de Brito)
Assim como nasce uma flor
Que ninguém consegue explicar
Nasce também o amor
Que não devia acabar
Eu como nãio sei de onde vim
E também não sei pra onde eu vou
Vivo indeciso assim
mas vou cantando aonde estou
Sei que existe a força do mal
Habitando mil corações
Existe também o carnaval
Me mostrando um rei de ilusões
Mas o que é bom ninguém faz
O bem ninguém quer praticar
E se existe a pomba da paz
Os homens vão matar.
Freira mais querida
(Nélson Cavaquinho, Alfredo Portugês e Nélson Sargento)
Morreu a freira mais querida
Que durante a sua vida
Foi a badencia que mais reinou
Vivia sempre a rezar
Na frente do altar
Oh, Jesus, o seu coração me entregou
Morreu com todos os seus prantos
Nem anjos, nem santos,
Quem professa a religião
Diz a sagrada escritura
Que poucos se salvarão
Porque a matéria não é pura
Não se deve errar
Ao amor da devoção cristã
Se não te podes salvar
Para que rezas tanto irmão