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Discografia de Paulinho da Viola para Download

, Biografia Ilustrada

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DISCOGRAFIA PAULINHO DA VIOLA

Filho de César Faria – grande violonista que por mais de duas décadas acompanhou o mestre do choro Jacob do Bandolim, Paulo César Baptista de Faria cresceu entre grandes nomes do choro e do samba, entre eles Pixinguinha que visitava com frequência a casa da família. Talvez tenha sido já aí que Paulinho da Viola definiu seu estilo refinado de fazer samba, frequentando muitas vezes o terreno do choro.

“Antigamente era Paulo da Portela, agora é Paulinho da Viola.” Assim Monarco, compositor da velha guarda, saúda os dois maiorais da Portela: O Paulo Benjamim de Oliveira e o Paulinho, que naquela época era apenas um garoto tímido que anos mais tarde ganharia de Zé Kéti o nome de “Paulinho da Viola” e seria responsável pela divulgação – pode-se dizer até pela criação – da Velha Guarda da Portela.

Paulinho nesse aspecto teve um papel muito parecido com o de seu antecessor, o Paulo da Portela. Paulinho já era frequentador do samba em Oswaldo Cruz e percebeu que o que se fazia alí era algo único. O bairro respirava samba, a quantidade de compositores de qualidade era impressionante.

Manacéa, Mijinha, Alcides Malandro Histórico, Casquinha, Argemiro, João da Gente…

As rodas de partido alto viravam a madrugada e as pessoas conversavam através de versos improvisados sobre um pequeno tema. A escola também já era uma grande campeã do carnaval e contava com vários sambas antológicos. Ao se ver nesse contexto Paulinho resolve registrar as composições dos grandes sambistas portelenses e reúne a nata do samba na Portela para gravar um disco chamado Portela, Passado de Glória com o nome de Velha Guarda da Portela.

Com isso Paulinho conseguiu que os velhos compositores fossem devidamente valorizados pela qualidade de sua arte e hoje a “Velha Guarda” está presente em lugar de destaque em praticamente todas as escolas de samba!

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Paulinho da Viola e o Partido alto na Portela

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Paulinho da Viola ainda desenvolveu uma relação de amizade com grandes nomes do samba. Ainda jovem caiu nas graças do também portelense Zé Kéti, renomado compositor, dono de pérolas como Opinião, Acender as Velas e Máscara Negra.
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Zé Kéti foi um grande incentivador da carreira de Paulinho e ele mesmo, achando que Paulo César não era nome de sambista, batizou o garoto de Paulo da Viola e Sérgio Cabral sugeriu em seguida que se adotasse o Paulinho no lugar de Paulo. Apresentou-se ao lado de grandes nomes como Élton Medeiros, Zé Kéti, Nelson Sargento, Jair do Cavaquinho e Clementina de Jesus no Show Rosa de Ouro durante a década de 60.
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Paulinho da Viola no Show Rosa de Ouro

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Frequentou também o Zicartola, casa de shows criada por Cartola e D. Zica onde se apresentavam grandes sambistas do Rio. Foi alí que Paulinho ganhou seu nome profissional e seu primeiro cachê como músico. Além disso foi alí que se aproximou da música de Cartola – como diría o Faustão, “Um Monstro Sagrado da música brasileira”!

Foi na época do Zicartola que se iniciou uma pequena confusão que no final rendeu bons frutos. Certa vez seu amigo Hermínio Belo de Carvalho, pediu que Paulinho musicasse um poema que havia feito para a Mangueira, sua escola de coração. Nascia “Sei lá, Mangueira”

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Vista assim do alto
Mais parece um céu no chão

Sei lá,
Em Mangueira a poesia
Feito um mar se alastrou
E a beleza do lugar
Pra se entender

Tem que se achar

Que a vida não é só isso que se vê

É um pouco mais

Que os olhos não conseguem perceber
E as mãos não ousam tocar

E os pés recusam pisar
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Mesmo com letra de Hermíno o samba causou ciúmes no pessoal de Oswaldo Cruz. Paulinho então homenagenado dessa vez a sua escola criu nada mais que um dos mais belos sambas de exaltação à Portela: “Foi um rio que passou em minha vida”, o samba de maior sucesso e que marca a identidade da azul e branca de Oswaldo Cruz.
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Foi um Rio que Passou em Minha Vida

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