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Dia do choro: Documentário raro sobre Pixinguinha

, Biografia Ilustrada

Hoje, 23 de abril – dia de Ogum – comemora-se o dia nacional do Choro. A data escolhida é uma homenagem ao mestre Pixinguinha, a quem o Paulo César Pinheiro se refere como o “Santo Pixinguinha”, um dos maiores musicos brasileiros que a história nos dá noticia…
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Nascido em 23 de abril de 1897, o menino Alfredo da Rocha Viana Junior cresceu em uma família grande, com muitos musicos. Seu pai era um grande chorão e organizava rodas de choro em casa com a presença de grandes musicos da época. Com cerca de 10 anos de idade compôs seu primeiro choro, “Lata de Leite” e com menos de quinze anos tornou-se diretor de harmonia do rancho “Paladinos Japoneses” e tocava flauta no “Trio Suburbano” ao lado de Francisco de Assis no violino e Pedro Sá, no Piano.
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Por volta de 1919, recebeu o convite para que reunisse alguns musicos para que tocassem na sala de espera de um cinema. Surgiam “Os Oito Batutas”, um dos mais importantes grupos musicais do início do século 20 e que da pequena sala de espera do cinema Palais, no Rio de Janeiro, alçou vôos bem maiores, apresentando-se em salões nobres da sociedade e até em Paris, onde fizeram tamanho sucesso que a temporada programada para apenas um mês acabou durando seis meses.
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Pixinguinha é considerado por muitos o “pai da musica brasileira”. E sem exageros, não é difícil concordar com esse título. À então incipiente música de Ernesto Nazareh , Chiquinha Gonzaga e dos primeiros chorões, Pixinguinha adicionou ritmos africanos, estilos europeus e a música negra americana, ajudando a consolidar as bases da musica brasileira e desenvolvendo um estilo genuínamente brasileiro.
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Foi o primeiro maestro-arranjador contratado por uma gravadora no Brasil, assinando grande parte dos arranjos da então chamada época de ouro da música popular brasileira, orquestrando de marchas de carnaval a choros. Diplomado em teoria musical no Instituto Nacional de Musica, era um músico profissional quando boa parte dos mais importantes músicos eram amadores principalmente os antigos chorões, que eram em sua maioria funcionários públicos e faziam música nos horários de lazer. Pixinguinha foi antes de tudo um pesquisador de música, sempre inovando e inserindo novos elementos.
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PS: Outro grande musico que lutou com unhas e dentes pela preservação do choro foi Jacob do Bandolim, de quem eu já falei aqui no blog! Vale a pena dar uma conferida!
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